Para os condeixenses do meu tempo, o Vira de Quatro, com letra de Ramiro de Oliveira e música de António de Oliveira.Lamento, mas fica só a letra.E quem não se recorda da música,cantada pelas vozes afinadas de raparigas e rapazes e, simultâneamente, dançada em passos airosos mas firmes,as chinelas delas e as botas deles batendo firmemente ao compasso da música,nas tábuas do pavilhão ou na terra batida de qualquer eira ou terreiro?
Esqueçam por momentos a ancilose e saltem para a roda!
VIRA DE QUATRO
Vamos lá dançar o vira
Ai gira que gira
Em volta do par
Que esta canção portuguesa
Tem graça e beleza
Não pode acabar!
REFRÃO
Bailai mas com graça
Ó moças airosas
Não sejam vaidosas
Dai voltas com siso!
E vocês rapazes
Dançai com cuidado
Que um passo mal dado
Transtorna o juízo
Vai-se a chama das fogueiras
Mas ficam braseiras...
Mas ficam escolhos...
Também se a festa acabar
Eu quero ficar
Brasa dos teus olhos.
REFRÃO
Bailai mas com graça...
Gostaram? Cansados,não? Vamos então dançar outra modinha mais dolente.É também de Ramiro de Oliveira e chama-se:
TRISTEZAS
Quem tem tristezas não canta
Quem canta não anda triste!
Quando o cantar nos alenta
A tristeza não resiste
Só depois de uma canção
Cantada p'ra distrair
Se há penas no coração
A tristeza torna a vir.
REFRÃO
Tristezas não vão ao baile
Nem mesmo fantasiadas
Pois se vão de lenço e chaile
São logo desmascaradas
Quem é triste que não venha
Que fique em casa a chorar
Pois se na roda se apanha
Tem de rir, tem de cantar!
Que bom é cantar e dançar,a alegria bem presente nos rostos dos dançadores e de quem os admira.Que saudades das festas populares,à roda de uma fogueira!
Para manifestar a condição de condeixenses foliões, vamos acabar o baile com mais uma letra de Ramiro de Oliveira e música de seu irmão,Maestro Saul Vaio:
HINO A CONDEIXA
Entre a serra e a campina
Que o Mondego vem beijar
Há uma terra pequenina
Que em beleza não tem par
Não mora nela a tristeza
Mas...quem por ela passar
Fica triste e com certeza
Vive triste até voltar.
REFRÃO
Palácios velhinhos
Solares de saudade
Palreiros moínhos
Hospitalidade!
Recantos de sonho
Que a graça não deixa
Não tiro nem ponho
Tudo isto é Condeixa!
Nesta terra portuguesa
Que a natureza moldou
Há legados que a nobreza
Longos anos habitou
Vê-se o sol em cada dia
Pôr em festa o horizonte
Com recitais de poesia
Ao redor de cada fonte!
REFRÃO
Palácios velhinhos...
E digam lá se Condeixa não é linda!
E este fim de semana voltou a estar engalanada!
ResponderExcluirHugo
Parabéns ao Sr. Cândido Pereira, meu ex-vizinho, e sempre amigo, pela sua actividade. Está sempre a recordar a beleza e encantos de Condeixa. Um grande abraço.
ResponderExcluirAcabei de publicar na minha página do facebook....Eu sabia que o Sr.Cândido havia de ter a letra do "Hino a Condeixa",de que tanto gosto! Obrigada!
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